O torno é uma máquina-ferramenta projetada para segurar uma seção de material a ser esculpida, cortada ou modelada. Essa máquina sempre foi utilizada para fabricar rodas, partes de bombas d’água, cadeiras, mesas e utensílios domésticos. Realiza um movimento rotativo contínuo com seu eixo.
Torneamento é o movimento de uma peça em torno de seu próprio eixo. É um processo de usinagem que faz peças cilíndricas girarem em torno de um eixo fixo. Uma quantidade de material é retirada de uma peça. A ferramenta penetra na peça e o seu movimento rotativo permite um corte contínuo e regular do material.
Para executar o torneamento, acontecem três movimentos:
•Movimento de corte: movimento que corta o material;
•Movimento de avanço: movimento que desloca a ferramenta ao longo da superfície da peça;
•Movimento de penetração: movimento que determina a profundidade de corte ao empurrar a ferramenta em direção ao interior da peça
Tornos famosos na história
O Torno de Vara
O Torno de Vara foi muito utilizado na idade média e no século 19 por alguns artesãos. Neste sistema, a peça a ser trabalhada era amarrada com uma corda presa numa vara sobre a cabeça do artesão, enquanto a outra extremidade da corta era presa num pedal. Quando pressionado, o pedal puxava a corda e fazia a peça girar, enquanto a vara fazia o retorno.
Fonte: Centro de Informação Metal Mecânica
O Torno de Leonardo da Vinci
No final do século 15, Da Vinci desenhou três máquinas. A primeira delas é um torno que já utilizava uma roda para inércia, a segunda era uma serra e a terceira era um sistema que usava um pedal para girar uma roda, que poderia ser anexado a vários dispositivos.
O Torno de Fuso
Os tornos de fusos foram criados por causa da necessidade de uma velocidade contínua de rotação. Eram necessárias duas pessoas
para operar aquelas máquinas. Enquanto um servo girava a roda, um artesão utilizava suas ferramentas para dar forma ao material. Objetos maiores e materiais mais duros eram trabalhados nesse torno.
Torno a Vapor
A máquina a vapor, criada por James Watt, revolucionou os
meios de produção como teares e afins. Henry Moudslay adaptou essa máquina ao primeiro torno a vapor. Essa invenção diminuiu a necessidade de mão de obra, pois os tornos podiam ser operados por apenas uma pessoa. Assim, Whitworth manteve, em 1860, uma fábrica com 700 funcionários e 600 máquinas-ferramenta. Moudslay e Whitworth ainda
foram responsáveis por várias outras modificações nos tornos da época, como o suporte para ferramenta e o avanço transversal.
Evolução em anos
1906: O torno já possui as modificações de Moudsley e Whitworth. A correia motriz é movida por polias (peça usada para transferir forças) de vários diâmetros, o que possibilita uma gama de velocidades de rotação. A propulsão é obtida através de um eixo acionado por um motor, que fixa a
máquina a um lugar. 1925 — torno paralelo: O torno é substituído por um motor elétrico nos pés da máquina. Desengates foram postos nas sapatas para simplificar alcances de rotação longos e repetitivos. Apesar das dificuldades para o trabalho em série devido a seu sistema de troca de ferramentas, é o mais usado atualmente.
1960 — torno automático: Devido à grande rigidez necessária, criou-se uma estrutura completamente fechada. A máquina é equipada com um engate copiador que transmite o tipo de trabalho do gabarito através de uma agulha.
1978 — torno com comando numérico computadorizado: Apesar de não apresentar nenhuma grande mudança, o torno CNC substituiu os mecanismos usados para mover o cursor por microprocessadores. O uso de um painel permite que vários movimentos sejam programados e armazenados, permitindo a rápida troca de programa.
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